15 de Março




Diário de Bordo, 15 de Março de 2009 - ouvindo "American Idiot - Green Day"



09: 54: Tá acontecendo o que eu temia, meu pai ainda desempregado as vezes passa o dia sem procurar emprego. E a mãe lutando pra pagar as contas com o colégio, onde ela ganha uma merreca. Então ontem eles estavam discutindo. O pai estava me dizendo que o mp9 que ele queria comprar tá abaixando o preço, mas ainda é muito caro pra ele comprar. E a mãe falou que ele parecia um adolescente, e que ele devera estar mais preocupado em procurar emprego e blablabla. Aconteceu o pior, agora a mãe culpa o pai pela nossa lástima situação. Uma vez eu escrevi uma história de um casal em que um deles estava desempregado, e eles brigam, o cara desempregado sai de casa e vai esfriar a cabeça na rua com seu cigarro. Me passou pela cabeça naquele momento o pai fazendo a mesma coisa que o meu personagem. Sair de casa e ir pra praça aqui perto de casa (que medo, tem uma mesmo, quenem na história). Mas claro que não aconteceu. O pai continuou lavando sua louça, a mãe secando e eu estendendo roupa.



Hoje no café estava eu e o pai discutindo história, adoramos fazer isso. Como nós dois somos bons nisso, brigamos pra ver quem sabe mais. E dai entrou religião. Também assunto que eu adoro. Só que dai entramos no assunto de quem era o pai de Cristo, e eu disse que era José. Mas o pai disse que na verdade era Deus. E que Maria tinha traido José com Deus. Então a mãe naquele momento achou melhor pararmos de falar sobre aquilo, porque os manos estavam na mesa ainda. E eu imaginei o Pedro chegando no pastor e dizendo que Maria traiu José com Deus.

14 de Março


Diário de Bordo, 14 de Março de 2009 - ouvindo "So What - Pink"


20: 11: Esses dias estava eu, as onze da noite totalmente acesa. A casa toda apagada, e só eu aqui. Totalmente acesa (não, eu não tinha tomado café ou algo do gênero). Então, como o dia foi de grande aprendizado mental, resolvi escrever. Mas não sabia exatamente sobre o que escrever. Resolvi escrever sobre a minha história, mas no mesmo dia já tinha escrito e naquele momento não vinha nada sobre tal. Tanto faz, resolvi fazer uma coisa que nunca fiz e que na verdade foi a coisa mais fácil e prazerosa que já escrevi. Escrevi sobre mim. Deu duas ou três folhas de Arial 11. E lá ia eu escrevendo rápidinho pra não esquecer de nadinha. Foi bem interessante. Parei pra pensar sobre mim, sobre porque gostava ou não gostava de alguma coisa. Porque a minha vida era assim. Reflexões. Foi bom. Devo fazer isso mais vezes, quando estou em crise da vida. Algum dia você, caro leitor, chegará lá. Sentirá que alguma coisa está bem mais chata do que o normal. As coisas estão iguais. As pessoas estão iguais, e que parece que nada anda pra frente. Eu espero sair desse buraco logo...


... e acho que estou meio fedida. Vou tomar banho. Tchau!

11 de Março


Diário de Bordo, 11 de Março de 2009 - ouvindo nada


15: 30: Estava saindo da casa da vó e fomos eu, meu pai e o Pedro a pé até em casa. Fomos por um lugar que fazia um tempão que eu não andava. Era perto da minha ex-casa. Eu lembro eu e a mãe voltando do banco, ou da creche, e nós compravamos algum lanche pra comermos no caminho até em casa. Iamos comendo e eu saia correndo com a comida. Nesses momentos as mães sempre fazem algum comentário sobre a comida que você deixou cair no chão. Tenho saudades. O pai foi comprar um cartão telefônico e encontrei nana 4 na tabacaria. Comprei e estava lendo agora a pouco. Mas não to nem na metade. To cada vez mais achando que elas vão ter um caso. Mas eu gosto do mangá. Não que eu goste de ler histórias de mulheres lésbicas. Mas me identifico com uma delas. Na verdade um pouco das duas. Mas mais com a Nana Komatsu, ou nana 1. Eu era como ela a uns dois anos atrás. Vivia gostando de caras e estava sempre gostando de alguém. E mudava frequentemente. Sempre me apaixonei muito rápido e confundia (ainda confundo e acho que vou sempre confundir) amizade com amor. Eu já me apaixonei por um amigo (eu o considerava como tal) meu. Mas depois que ele descobriu, nunca mais falou comigo, e acabou por isso mesmo. Eu nunca me apaixonei de verdade. Mas o menino que mais me marcou foi um na quinta série. Cabelos loiros quase brancos, olhos extremamente azuis, ele era um pouco diferente do resto. Usava umas roupas estranhas e quase nunca usava o uniforme da escola. Eu lembro bem da primeira vez que notei ele. Ele havia chegado três dias depois do primeira dia de aula. E então acho que no quinto dia eu e a Jéssica estavamos no recreio, sentadas em um banco da arquibancada e ele em outro, perto da gente. Foi quando a Jéssica me falou que achava que o loirinho estava afim de mim, porque ele não parava de olhar pra mim. Eu virei o rosto e nossos olhos se encontraram de imediato. Ele estava com uma expressão séria. Eu, num ato estranho (eu não sei porque agi assim), disse que o problema era dele. Uma semana depois, estava apaixonada por ele. As vezes eu virava pra ele e ele estava olhando pra mim. Até que em 6 de agosto de 2004. Ele saiu do colégio. Sempre soube o dia do aniversário dele(6 de Dezembro). A Jéssica sempre soube que eu gostava dele, e disse que eu deveria falar pra ele no ultimo dia de aula. Eu, claro, morri de vergonha e não falei. Então ela foi lá, roubou sua caneta e disse que se ele não falasse que me amava, ela jogaria a caneta pela janela, rindo. Ele não se importou, achou que ela não jogaria. E ela jogou (maluca, eu sei). Ele foi olhar pela janela pra ver onde a caneta caiu e nisso ela puxou o cabelo dele (como ela adorava fazer com os meninos, ela simplesmente espancava eles todo recreio, e sempre teve muitos amigos homens por isso) e disse que só soltaria se ele falasse que me amava. Ele falou, mas baixo. Ela apertou mais ainda e no prédio se ouviu um grito de eu te amo desesperado. O que será que as professoras acharam disso?


Depois disso, até o final do ano, acho que cheguei a sonhar quatro vezes que ele voltava pro colégio. No ano seguinte, fui pro sinodal.


Lá não foi diferente, assim que entrei no colégio, me apaixonei de novo. No ano seguinte também. Mas no final da sétima, eu quase fiquei com um menino. Mas era uma pressão tão grande pra ficar com ele. Que eu simplesmente não consegui fazer isso. Acho que não estava pronta. Foi a primeira e ultima vez (até agora) que alguém teve a coragem de dizer que gostava de mim. O garoto diz por ai que eu o beijei. Mas na verdade quando ele foi me beijar, eu fui pra tras (tanto que bati a cabeça na parede) e nossos lábios apenas encostaram. Eu então nunca beijei. Então conheci a Camila e a Gabriela. Desde então, alguma coisa mudou. Eu simplesmente parei de gostar. Eu vi que se eu tinha amigas, não precisava amar mais ninguém. E disse que não ia mais amar. Porque eu tinha amigas. A Gabriela saiu, entrou a Tizi e continuou igual. Foi ai que a Tizi começou a brotar em mim a idéia de que eu realmente precisava amar alguém. Precisava ter alguém. E em boa parte do ano passado eu pedia um garoto pra abraçar e ficar comigo. Ele ainda não chegou. Mas na verdade estou a dois anos sem gostar de ninguém. Eu me sinto extremamente nana 1, com ela foi exatamente assim. Ela se apaixonava por todo mundo. Depois terminou com o shoji, conheceu amigas e agora disse que não precisa de namorado, que ja tem a nana 2. Espero que nós duas encontremos alguém.


Espero mesmo...

28 de Fevereiro


Diário de Bordo, 28 de Fevereiro de 2008 - ouvindo nada


1:19 da noite no meu lindo quarto aqui em São Leopoldo. Cidade lembrada por seus peixes mortos e por sua violência. Minhas aulas já começaram e eu me pergunto agora? O QUE FAÇO UMA SEXTA FEIRA A NOITE: Eu com os olhos pequenos de sono, com o corpo acabado (depende, minha pele continua boa, tirando o vale marine que eu tenho na testa), acabando de voltar da festa do Vargas?? Bom, vamos por partes. Cheguei em casa a meia noite e sentei no meu belo sofazinho preto de couro. Liguei a TV, a casa toda dormindo. O que a Luana olhou? Bom, estava passando o final de CSI, o final de Resident Evil 1 e o pânico na TV, mais respectivamente, na festa gay. Eu olhei Revident Evil, apesar de já ter visto. Depois fui olhar CSI mas (shit) já tinha acabado. Enfim, a única coisa a fazer era olhar pânico. E estava eu, a uma e 10 da madruga com meu chá Dokudami (é japonês, ok? = nããããão, xuuuuura = e não repare o nome, eu sei que é bizarro) e olhando pânico. Mas ai foram eles depois no carnaval e ai eu me estressei. E vim pra cá. Me deu uma vontade de falar algumas coisas aqui, já que eu não escrevo desde o dilúvio (será que eu morri nele?).


1: 30: Mudando de assunto completamente: Eu gostei da festa do Vargas, tinham duas garotas que eu não conhecia, mas tuuuudo bem. E eles ficavam falando bastante do Concórdia. A maioria dos meus amigos, do nosso grupinho foi pro Concórdia. Que raiva!


1: 32: Será que o Concórdia é legal?


1: 32: Eu queria sumir um pouco, conhecer gente e lugares novos. Ficar longe daqui por um tempo. Hoje na aula me senti tão cansada. Mas não tinha tantos motivos pra estar cansada. Acho que estou um pouco cansada da monotonia que é a minha vida. Sempre as mesmas coisas, mesmos rostos, mesmas ruas, mesmas casas. Quando estava indo de carro pro primeiro dia de aula eu via as mesmas casas e ruas que eu via ano passado. Me deu uma saudade e também uma vontade de sair dali e fazer um outro caminho. As férias passaram extremamente rápido. Talvez tenha sido as férias mais curtas que eu já tive. Ok, o tempo é relativo. Todas as férias tem um mesmo período. Mas eu sinto mesmo que eu fiquei uma semana fora e pronto. São as mesmas aulas, com gente e professores novos, confesso. Mas a mesma escola, mesmos rostos conhecidos, mesmos professores nas escadas, mesmo lugar e pessoas do recreios. E o mais importante: mesma rotina. Eu sinto toda essa mesmice terrivelmente cansativa. E o pior é que esse ano eu não vou poder fazer Cine. Era o único dia da semana em que eu me sentia mais livre e diferente. Saia do normal que era a minha vida e ia pra um lugar novo, em que o que eu aprendia eu gostava, me empolgava, discutia, vivia aquilo com tanta intensidade. Era um assunto que mexia comigo. Tudo coisas que eu me interessava e gostava de aprender. E agora tudo isso vai acabar. Eu não estou dizendo que não quero ver meus pais, amigos e escola. Mas querer mudar, entende? Não que o que eu tenho seja ruim. Mas é sempre... igual. O que eu tenho e mais nada. Sei lá. Bom, são 20 pras duas da madrugada, acho que estou filosofando o bastante. E acho que consegui desabafar. Talvez. Eu preciso viajar, tirar férias de verdade. Não ficar presa em Tramandaí com meus fofos avós, meu vizinho legal professor de filosofia que usa pijama pra visitar os outros e minha família. É só isso? Eu quero férias de verdade. Férias pra mim é sair para um lugar nunca visto, com pessoas nunca vistas. Com uma vida nunca vivida. É isso que eu quero. Mas aqui em casa a situação é de dar dó. Meu pai desempregado desde setembro. Minha mãe com o salário reduzido quase a metade. Daqui um pouco eu vou parar embaixo da ponte. Ou viver na rocinha, como dizia a Gabriela Mahle.


1: 44: Agora me despeço meio triste da minha vida e por minha ingratidão por pelo menos ainda ter um computador para escrever minhas agonias. Se meu pai le-se isso viria novamente com a teoria de que eu estudando em colégio de rico, me sinto melhor do que os outros. Isso é por que ele deve estar com ciúme de mim, que ele rodou três vezes e ainda por cima em escolas publicas. Tá, eu acho que a falta de emprego e ser o homem da casa e não fazer nada pra botar comida na mesa esteja alterando o cérebro dele.


1: 47: Eu realmente preciso dormir, antes que meus olhos se fechem completamente e eu durma com o computador ligado, numa posição bizarra encima da mesa. Tchau.

18 de fevereiro


Diário de Bordo, 18 de Fevereiro de 2009 - ouvindo "Crushcrushcrush - Paramore"


20: 20: A coisa tá ficando feia com o pessoal daqui de casa. Minha mãe e minha vó estão muito brabas com a minha tia Cristina e eu tava ouvindo tudo. Minha mãe acha que eu não ouço nada. Mas eu ouço. É engraçado que as vezes ela vai me contar alguma coisa e eu digo que já sei, ela fica confusa e não sabe da onde eu poderia saber. Mas continuando. A mãe dizia que a tia só deixa ela pra baixo e que ela parece fazer isso de propósito, já a vó diz que a tia não dá mais bola pra ela e não se importa com ela, e que se mete na vida dos outros. Pelo que eu estava ouvindo, a tia queria fazer intriga entre a família. A mãe e a tia conversaram esses dias que a gente foi na casa dela coisas passadas e tudo estava tenso na relação delas e da avó com ela.


21: 59: Não, eu não consigo tirar férias das minhas histórias. Eu agora estou mais focada na história dos signos, em que cada signo é um personagem, em relação a personalidade. Motivos dessa história, eu sempre quiz fazer algo relacionado com Astrologia, que eu gosto muito, e fazer 12 personalidades distintas é um trabalhão, e no horoscopo, já estão feitas todinhas. É menos trabalho. Já tenho diversas idéias interesantes que eu nunca tinha usado em nenhuma história e vou experimentar nessa. O unico problema é saber o casal principal.

7 de Fevereiro


Diário de Bordo, 07 de Fevereiro - ouvindo "Reflexo do Amor - Marjorie Estiano"

18: 55: Hoje a Camila foi embora depois de ficar uma semana aqui. Eu consegui quebrar meu carregador do meu mp4. Chorei por um bom tempode noite. Fico tão braba por quebrar/estragar tudo. Eu não penso muito no que eu faço. Grrrrrrrr...

18: 59: Mas vou tentar esquecer isso. Conheci a Lauren, filha da Leque, prima da minha mãe. Ela é tão fofa e bochechuda. Da muiuta vontade de ter um também, ela tem só quatro meses. Vi também a Ellen, filha da Margareth, amiga da minha mãe. Ela tem dois anos e sete meses, é sapeca e bagunceira, magrela e muito fofa. Tipo eu quando era pequena (a parte da fofa foi meio pesada, mas eu realmente ERA fofa quando eu era pequena). Minha mãe disse que eu era igualzinha, só que de cabelos bem lisos

30 de Janeiro


Diário de Bordo, 30 de Janeiro de 2009 - ouvindo "Cut your Hair - Pavement"


18: 10: Voltamos para Tramandai de ônibus com direito a musica no caminho. Nos bancos ao nosso lado tinha uma família: uma mãe, uma menina de um ano, um menino de 3/4 anos e outro de 6/7. A mãe ficou em uma fileira com a filha e os garotos ficaram quase ao nosso lado numa outra fileira. E lá aconteceu uma das coisas mais fofas que eu já vi. O menor deitado todo encima do irmão mais velho. Deitado dormindo, e o outro segurando ele no colo dele. Isso foi muito fofuu *-*

29 de Janeiro


Diário de Bordo, 29 de Janeiro de 2009 - ouvindo nada


18 : 04: Eu sou uma tonta, trouxa, idiota, débil, ... Estava eu escrevendo o Diário de Bordo deitada no sofá da Tizi. Eu realmente não pensei em nada fazendo aquilo. Demanhã eu acordei com a mãe da Tizi falando algo sério com a Tizi. Não sabia o que era e levantei pra saber o que estava acontecendo. Eu consegui riscar o sofá da casa. E a casa nem é delas. É de uma familiar. Fiquei muito mal, não conseguia olhar pra mãe da Tizi depois. Ela ficou bem chateada com isso. A Tizi percebeu aquilo e disse que agora foi, o que tá feito, tá feito. Mas ficou chato essa história.

28 de Janeiro


Diário de Bordo, 28 de dezembro de 2009 - ouvindo nada


22: 04: ONTEM TEVE O SHOW DO JAMES BLUNT!!!!!!! *chora* Ele é tão legal, mas agora passou, daqui a uns 20 anos ele volta. Tá, to exagerando. Ia dar Cruzeiro das Loucas na TV, mas a mãe da Tizi não quiz ver. Então começamos a ver os signos da luz. Parece legal mas a gente queria mesmo o outro. Depois de uns 30 minutos, mudamos de canal e fomos ver Cruzeiro das loucas. Hoje de tarde tava passando um filme de uma guria toda estranha de uns 13 anos. Ela tinha um cabelo tão legal, e a odiota raspa ele todinho no final do filme. No começo eu achei que fosse alemão, a Tizi achou que era Francês. E no final era russo. O lugar e a lingua se encaixavam.

10 de Janeiro


Diário de Bordo, 10 de Janeiro de 2009 - ouvindo "Por mais que eu tente - Marjorie Estiano"


17: 52: A vó Geni passou mal!!! Hoje fomos passar o dia em Rondinha. Parece que ela escolheu justo hoje, que estavamos todos juntos, para passar mal. A Victória veio falar comigo num canto com os olhos cheios d'água que a vó pode morrer. Disse pra ela ficar calma, que ia dar tudo certo, mas nem vi quando aconteceu. Estava eu, mãe, pai, irmãos, tia, primo e a clarinha (minha prima fofa de 8 meses) na praia, quando aconteceu. Estavamos todos esperando ela, o vô, a mãe e o pai voltarem do hospital, mas essa espera está me matando.

9 de janeiro


Diário de Bordo, 09 de Janeiro de 2009 - ouvindo "U & Ur Hand - pink"


11: 48: A Cahh ia vim com meus avós aqui na casa da praia, mas não foi possível. Estou em tramandai, bem longe do fim do mundo (Rondinha). E aqui não tem teia e aranhas mortas encima da minha cabeça. Gracias!


Dia 15 meu pai vai embora pra Caxias tentar um emprego lá e trabalhar dia 19. A mãe vai junto com eleno primeiro dia pra ver onde ele vai ficar durmindo. Acham que ele vai ficar numa pensão. Que deve ser o mesmo preço de um kitinet dos mais baratinhos. Eu ando vendo muitas idéias de histórias mas escrevendo a mão eu não consigo tão bem quanto em um computador. Além do mais, eu disse que ia tirar uma férias de histórias. Incrível que quando eu disse que queria pensar nelas, não pensava, e agora que não quero, elas vem, parece que querem me provocar.

31 de dezembro


Diário de Bordo, 31 de Dezembro de 2008 - ouvindo nada

14: 02: Encima da árvore, novamente na casa da minha vó e na mesma condição até dia 1 de janeiro.

Eu não acredito que acaba o ano hoje. Tipo, é hoje que tudo acaba mesmo, entendeu? Isso é melancólico demais. Eu ainda me lembro do primeiro dia de aula realmente como se fosse ontem: durmindo na casa da Tizi (na verdade durmir pode não ser o termo certo para o que fizemos: passamos a noite toda acordadas morrendo de ansiedade do primeiro dia de aula, e ainda, do primeiro ano). Eu cheguei a sonhar nas férias do ano passado com o primeiro dia de aula. Tinha um grupo de garotos bonitos e chatos e um grupo de espinhentos feios e barrigudos mas muito simpáticos e engraçados, e tinha uma guria; por acaso apenas ela, eu e a tizi na sala; de cabelos loiros bem compridos e bonitos (o melhor é que no primeiro dia de aula a Bárbara branca ficou na minha sala e eu fiquei com a nóia de que eu tinha sonhado com ela sem saber que ela tinha ido pra minha turma. Foi coincidência ou eu tive uma visão? Você decide *aponta*). E depois de tudo isso, vou para 2009. 2009 vai chegar amanhã. Segundo ano, pretendo (que os deuses me ajudem) conhecer gente nova, pretendo ter mais direitos de usar uma tal camera fotográfica de um tal pai que não entende o amor da filha por fotografia, pensar em trabalho legal e ganhar dinheiro antes da faculdade, arranjar alguém (se é que você me entende), dar tchau pra Camila no meio do ano (nossa, falando assim parece que ela vai morrer), e pensar sério no que fazer afinal. Veterinária? Arquitetura? Fotografia? Ser uma escritora fracassada? Ser dona de uma loja de decorações mara (meu real sonho)? Alguma outra coisa aleatória? Eu não sei!!!!! Eu não sei o que fazer da vidaaaa!!!

14: 16: Tá, eu já sai de cima da árvore. Uma hora a caneta caiu, e meu simpático priminho de 10 anos roubou ela de mim. E eu não quero passar novamente pela situação desagradavel de correr atras dele por toda a extensão da casa da minha vó e além.

Escrevi meu nome na árvore. A Beatriz me devolveu "Helena" do Machado de Assis, eu emprestei pra ela. Agora pretendo ler. Ela disse que é muito triste. Um romance dramatico e de época. Tem coisa melhor?

14: 21: Rodrigo caiu da árvore. Já é a segunda vez em uma semana e a perna dele ta com um corte de pelo menos 10 cm. Eu muito prestativa comecei a riri da cena e a escrever aqui em vez de ajudar a pobre criança. Mas três segundos depois do estrondo da bunda dele batendo na grama minha dinda veio resgata-lo, ela estava ali do lado estendendo roupa.

30 de Dezembro


Diário de Bordo, 30 de Dezembro de 2008 - Ouvindo nada

12: 54: Eu fui ver ontem a noite o filme do Código da Vinci, que eu já tinha visto, e tive uns pesadelos muito do mal com a tia do filme, foi do mal. Eu sempre sonhava com uma cena, uma só. Que era ela abraçando o avô velho dela, dai ela olhava pro espelho na frente dela e via uns monstros e bichos saindo das costas do avô dela. Era horrível. Eu acordei no meio da noite centenas de vezes e ficava um tempo sem dormir, tentando pensar em coisas boas, mas com meu medo de aranhas, a casa velha e cheia de bichos em toda parte da vó Geni, e meu nojo por insetos não estava ajudando muito. Haviam algumas aranhas mortas que os exxxxpeeeeeertos dos meus tios mataram mas deixaram ali. E eu sempre imaginava elas pulando na minha cabeça.

13: 04: Eu trouxe uma pilha de livros, novos e da casa da vó Carmem (minha outra vó, onde a casa não é suja e poeirenta e não me da medo). Já li dois livros inteiros de 400 páginas em três tardes, o que para a minha pequena prima de 11 anos, Victória, é suicidio. Se para ela, leitura e conhecimento é suicidio, estamos mal. Na verdade não só nela, mas em quase toda minha família paterna. Minha querida vó Geni acha que eu deveria ir brincar com a minha priminha e sua amiguinha Daiele (lê-se amiguinha do morro com nome liiindo), meu tio e tia tambpem acham, que eu deveria sair em vez de ficar no quarto do pai lendo livros compulsivamente. Mas "Belezas Perigosas" e "Muito mais que uma princesa" me deixaram compulsiva dop começo ao fim. Principalmente Belezas Perigosas, por o final realmente não for uma coisa óbvia e ser meio de drama, que eu gosto. Mas Muito mais que uma princesa também é muito legal, apesar de ser ao contrário, pois é bem mais romântico. Mas eu gosto tanto de drama como de romance igual. Eles dizem para mim ficar mais com eles e pra mim não ficar sozinha, masa como diz Mario Quintana - "O livro traz a vantagem de estar só e ao mesmo tempo acompanhado!"


É isso!^^


e eu odeeeeio passar o reveillon aqui em rondinha (fim do mundinha)

29 de dezembro


Diário de Bordo, 29 de dezembro de 2008, ouvindo “Durch den monsun - Tokio hotel”

16: 35: Na casa da vó Geni. Tá estranho não ter nada pra fazer, eu disse que ia pensar um montão nas minhas histórias, mas acho que preciso de descanso. Até a segunda ordem, estou definitivamente de férias.