28 de agosto


Diário de Bordo, 28 de Agosto de 2010 - ouvindo "Crocodile Rock - Elton John"


23:56: Eu menti para todos que leram minha ultima postagem. Eu não to tendo tempo para escrever aqui quanto eu achei que teria. Mas dane-se tudo por que agora eu to aqui e to afim de escrever.


Eu reparei hoje como o inverno é uma coisa triste e deprimente em certos aspectos.


Eu prefiro quando está no clima ameno, porém, mais pro frio do que pro quente. Eu não gosto de ficar suada, e acho que pouca gente gosta (eu espero). Mas eu fiquei de pijama em casa sem fazer nada o dia todo. Eu acordo de manhã, vou pra sacada do apartamento e vejo como a rua tá molhada, como tem lama do outro lado da rua, perto de uma mata. Eu vejo o céu, cinza. E parece que todas as coisas estão mais tristes, mais feias. E eu me sinto mais pra baixo em dias de frio. Em noites de frio eu não me importo, é frio e escuro igual. Você não vai ver nada mesmo. Mas manhã e tarde de chuva, com céu cinza, é triste.


Eu fui um final de semana desses pra Porto Alegre fazer uma coisa bem legal. O meu avô a exatos 50 anos atrás, participou da Força de Paz no canal de Suez. E eu achei aquilo muito legal. Era na beira do Guaíba e nós depois andamos por lá. Mas o que importa é que foi legal ver aqueles homens, relembrando seus tempos de jovens servindo por uma boa causa. E todos estavam com boinas azuis (nome que caracteriza o grupo hoje). Sério, achei muito legal aquele reencontro desses homens. Um deles, amigo do meu avô, levou um album de fotografias da época. Tudo meio sépia, muito legal meesmo.


Mais tarde passeamos pela beira do guaíba.


O que vimos: Muito lixo pendurado nas árvores que tocavam a água com seus galho, ratos (é sério) se escondendo embaixo de um tronco de árvore enquanto andavamos ali perto, e caras bastante esquisitos vestindo roupas justinhas e andando em seus jet skis maneiríssimos, depois os tais caras se juntaram, beberam umas cervejas e um deles (velho e com barriga de chop) ainda piscou pra mim.


Altamente degradante.


Mas até que foi legal, tinha um cara que chamou minha atenção. Aliás, dois. Um deles estava brincando com seus dois supostos labradores amarelos, jogando um pedaço de pau na água pra eles nadarem até lá e buscar, e eles iam. Muito fofo.


O outro cara tinha um cabelo um pouquinho comprido, liso castanho. Usava uma camisa verde musgo xadrez, um coturno, calças jeans normais (não era mega-gigante e também não era legging) e tirava fotos daquele esplendido dia. E tirou fotos do cara número um. Aquele dos labradores.


Meus irmãos aquele dia estavam muito ligados, tanto que o Pedro deitou naquela areia repugnante e ficou tentando se enterrar nela. O Rodrigo subiu numa pedra e eu vi ele caindo no lago (premonição), mas que não aconteceu porque ele se equilibrou a tempo.


Eu não sei qual foi a idéia original dessa postagem. Mas acabou virando essa salada do criolo doido, então. Sei lá.


Tchau e sério. Obrigada mesmo por ter lido tudo isso.


Se você não leu tudo isso, dane-se, talvez eu também não lesse.


Tchau, preciso dormir!